Um ano
É o tempo que tenho
Pra construir o prelúdio
Do ano que vem.
Na interseção de contagens
Almejo uma fruta
Que não apodreça.
Na minha astronave só cabem mutantes
E os filhos de deuses extravagantes
Perpetuar cores que tenho em mim
Não é uma questão de escolha.
É vida.
Vagabunda.
Extrema.
Terrena.
Sacana.
Só passo daqui se me derem tapetes
Que alcancem os compartimentos internos
Desses que vejo, amo e compreendo
E que nunca me mostrem a porta de trás.
Porque fugir não é uma questão de escolha.
Talvez seja vida
Depende da esquina mais próxima.
Se perguta-me as horas
Quem dirá que eu não sei?
Sou filho do tempo em que os minerais
Formavam cirandas e campos eternos.
Colinas convergem naquele convento
No mais absurdo que todos os outros
Onde a eutanásia dos seus descontentos
Só passa batida em dias de chuva.
Atento,
Almir Abolante.
sábado, 3 de abril de 2010
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