domingo, 4 de setembro de 2011

Rubro.

O silêncio me diz tudo secretamente.

Que o vermelho mais nítido sangra
No pedaço mais frouxo de carne.

Que a demora é a dor de quem sangra
No pedaço mais fundo de carne.

Que o disfarce mais prático sangra
No pedaço mais forte de carne.

Que a verdade mais íntima sangra
No pedaço mais feio da carne.

Que o carnaval desses carnívoros amantes
No coração, se torna festa de facas.

E que a força que nos resta no peito
Chora sangue por já chegar tão fraca.

O silêncio me diz tudo secretamente.

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